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Parceria entre UMC e Kimberly-Clark resulta em guia sobre práticas sustentáveis com abelhas sem ferrão

Com foco em promover a preservação ambiental e destacar a importância das abelhas nativas, a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) acaba de lançar a cartilha “Abelhas Nativas e Instalação do Meliponário”. O material foi desenvolvido pelas doutorandas em Biotecnologia Samantha Marx de Castro e Franciny Yuko Urushima, além de Ariany Bezerra Braz, ex-aluna da UMC e, atualmente, coordenadora do Centro de Referência Socioambiental Mata Atlântica (CRSMA). O trabalho foi realizado sob orientação da professora Dra. Maria Santina C. Morini, e busca incentivar a conservação da Mata Atlântica, valorizar as abelhas sem ferrão e difundir práticas sustentáveis de meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão).

O guia foi desenvolvido em parceria com a Kimberly-Clark, multinacional do setor de bens de consumo, conhecida por fabricar produtos de higiene pessoal e doméstica e contou com o apoio da Fundação de Amparo ao Ensino e Pesquisa (Faep). De linguagem simples e acessível, a publicação é destinada a todos os públicos interessados em sustentabilidade, reforçando a importância da educação ambiental e da preservação da biodiversidade.

A pesquisa está vinculada ao Centro de Referência Socioambiental Mata Atlântica (CRSMA), criado pela Kimberly-Clark em 2012 na Serra do Itapeti – área que abrange Mogi das Cruzes, Suzano e Guararema. O espaço é voltado à promoção da criação de abelhas nativas sem ferrão, fundamentais para a polinização, a manutenção da biodiversidade e a produção sustentável de mel.

Entre as espécies destacadas no guia estão a Jataí, Uruçu e Mandaçaia, abelhas conhecidas pelo papel essencial na regeneração dos ecossistemas. A polinização realizada pelas abelhas é responsável por cerca de 75% da produção mundial de alimentos. Porém, ameaças como desmatamento, uso de agrotóxicos e mudanças climáticas têm provocado a redução de suas populações, tornando urgente a implementação de ações de conservação.

Além de apresentar curiosidades sobre as abelhas nativas, o material oferece orientações práticas para a instalação e o manejo sustentável de meliponários. O projeto também dialoga com as pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Mirmecologia e Abelhas do Alto Tietê (LAMAT) da UMC, que mantém um acervo com mais de 200 espécies/morfoespécies de formigas, das quais 60% já foram identificadas. A cartilha pode ser acessada gratuitamente neste link.

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