A perda da diversidade genética causada por impactos
ambientais tem resultado em danos consideráveis sobre
ecossistemas terrestres e aquáticos. Um dos pontos
centrais para o planejamento de medidas de conservação
da biodiversidade aquática é o entendimento
da estrutura populacional da espécie para que se
determine tanto as respostas fisiológicas às
variações ambientais como as estratégias
de manejo das populações naturais. Adicionalmente,
dentre os diversos impactos ambientais, a construção
de barragens impede a reprodução de peixes
migradores (piracema), que não ocorre em ambientes
confinados, sendo as possíveis causas da interrupção
no processo reprodutivo desconhecidos. O GPGRP foi formado
em 2001 e atualmente conta com o apoio dos laboratórios
de Genética de Peixes e Aqüicultura (LGPA) e
de Metabolismo e Reprodução de Peixes (LMRP).
No LGPA são aplicadas técnicas de biologia
molecular para estudar a variabilidade genética de
organismos aquáticos em cativeiro e no meio ambiente,
para o seu manejo conservacionista. Já o LMRP está
envolvido na i nvestigação das alterações
fisiológicas que os peixes dulciaqüícolas
enfrentam quando são impedidos de migrar. O bloqueio
da migração impede a reprodução
dos animais em ambientes confinados e os motivos deste impedimento
não são conhecidos. Estão sendo investigadas
alterações metabólicas e endócrinas
no eixo hipotálamo-hipófise-gônadas,
comparando-se animais de cativeiro e ambiente natural. Além
disso, vem sendo investigado no LMRP o requerimento nutricional
de reprodutores de espécies de interesse comercial.
O LGPA e o LMRP contam também com o apoio da Estação
de Piscicultura de Ponte Nova, localizada no município
de Salesópolis, a Fazenda Santa Inês no município
de Jundiaí e a Piscicultura Brumado, onde são
desenvolvidos os trabalhos de campo na área de genética,
reprodução e produção de peixes.